As runas (rúnar) são um dos símbolos mais emblemáticos da Era Viking
Eram empregadas não apenas como sistema de escrita, mas também carregavam significados mágicos e religiosos profundos.
Gravadas em pedras, madeira, metal, ossos e variados materiais, as runas serviam para documentar histórias, leis, poemas, encantamentos, profecias e diversos outros registros.
Publique seu livro gratuitamente pela Livros Vikings Editora.
Conhecidas como “runas vikings”, elas constituem um precioso compêndio sobre a vida, sociedade, religiões e arte dos povos escandinavos dessa época.
Índice
Neste artigo, exploraremos nove curiosidades acerca das runas, embasadas em pesquisas recentes:
1) Existem mais de um sistema rúnico
Existem diferentes tipos de runas, chamados de Futhark — nome originado das seis primeiras caracteres do sistema rúnicos.
O mais antigo é o futhark antigo, que tem 24 runas e foi usado entre os Séculos II e VIII.
O futhark jovem, tem 16 runas, surgiu no Século VIII e foi usado até o Século XII pelos escandinavos — este é o sistema empregado pelos vikings.
O anglo-saxão, tem 33 runas e foi usado pelos povos germânicos da Inglaterra entre os Séculos V e X.
Além disso, existiam variações regionais e temporais dentro de cada tipo de futhark.
2) As runas eram usadas para diversos fins, desde os práticos até os místicos
As runas podiam servir para marcar a propriedade de alguém, para homenagear os mortos, para celebrar vitórias ou alianças, para contar histórias ou lendas, para expressar sentimentos ou opiniões, para fazer juramentos ou votos, para pedir proteção ou bênção, dentre outras coisas.
As runas da Era Viking podiam ser usadas tanto por pessoas comuns como por “especialistas”, como os sacerdotes (goðar) ou os poetas (skáld).
3) As “runas vikings” eram influenciadas por outras culturas e tradições
As runas não foram inventadas pelos escandinavos, mas sim adaptadas de outros sistemas de escrita com os quais entraram em contato durante suas viagens e comércios.
A origem das runas é incerta, mas há evidências de que elas foram inspiradas pelos alfabetos etrusco, grego e latino.
Com o tempo, as runas incorporaram elementos de outras culturas com as quais os vikings interagiram, como os celtas, os eslavos, os árabes e os bizantinos.
Por exemplo, algumas inscrições rúnicas usam símbolos cristãos, como a cruz ou o peixe.
4) As “runas vikings” eram um meio de expressão artística e literária
As runas não eram apenas letras simples e funcionais, mas também tinham um valor estético e poético.
As runas podiam ser combinadas de formas criativas e complexas, formando padrões geométricos, desenhos figurativos ou ligaduras.
As inscrições rúnicas também podiam usar recursos literários, como aliteração (repetição de sons iniciais), rima (repetição de sons finais), metáfora (comparação entre coisas diferentes), kenning (expressão figurada) ou heiti (sinônimo poético).
Um exemplo famoso é a pedra de Rök na Suécia, que contém um longo poema rúnico cheio de enigmas e referências mitológicas.
5. As runas da Era Viking eram um reflexo da sociedade e da cultura escandinavas
As runas revelam aspectos importantes da vida dos povos nórdicos da Era Viking, como sua organização política, sua estrutura familiar, sua economia, sua religião, sua ética, sua arte, sua língua e sua identidade.
As runas mostram como os vikings se relacionavam entre si e com outros povos, como valorizavam a honra, a bravura, a lealdade e a generosidade, como cultuavam seus deuses e ancestrais, como apreciavam a música, a poesia e a beleza, como falavam diferentes dialetos e como se orgulhavam de sua origem e de seus feitos.
6. As runas são um testemunho da história e da memória escandinavas
As runas registram acontecimentos históricos e lendários que marcaram a trajetória dos povos nórdicos da Era Viking, como as expedições marítimas, as guerras, as migrações, as conversões, as reformas, as crises e as transformações.
As runas também preservam a memória de personagens ilustres e anônimos que fizeram parte da história escandinava, como reis, rainhas, jarls (jarlar), guerreiros, exploradores, comerciantes, artesãos, mulheres, crianças e escravos.
As runas ainda conservam a tradição oral e escrita dos escandinavos, como os mitos, as sagas, as leis e as crônicas.
7. As runas são um desafio para os estudiosos e curiosos
As runas não são fáceis de entender e interpretar, pois exigem conhecimentos específicos e cuidados metodológicos.
As runas podem apresentar dificuldades de leitura, devido ao desgaste do material, à variação da escrita ou à ambiguidade das letras.
As runas podem apresentar dificuldades de tradução, devido à complexidade da língua, à falta de vocabulário ou à presença de abreviações ou cifras.
As runas podem apresentar dificuldades de compreensão, devido ao contexto histórico, cultural ou pessoal das inscrições.
As runas podem apresentar dificuldades de análise, devido à diversidade das fontes, à escassez de evidências ou à multiplicidade de significados.
No Brasil, temos um especialista em runologia, Allan Marante, autor de diversos livros sobre o tema e idealizador do Projeto Cultural Caminho Nórdico.
8. As runas são um patrimônio cultural e científico da humanidade
As runas são um dos principais legados da cultura nórdica antiga e medieval para o mundo atual. Elas são fontes valiosas para o estudo da história, da linguística, da literatura, da arqueologia, da antropologia, da religião e da arte dos povos escandinavos na Era Viking.
Elas são objetos de admiração e de preservação por parte de instituições acadêmicas, museus, governos e organizações internacionais.
Elas são inspirações para a criação artística e cultural em diversas áreas, como o cinema, a música, a literatura, os quadrinhos e os jogos.
9. As runas da Era Viking eram uma forma de comunicação entre os vivos e os mortos
As runas não eram apenas um meio de transmitir mensagens entre os seres humanos no presente, mas também uma forma de estabelecer contato com os seres sobrenaturais no passado ou no futuro.
As runas podiam ser usadas para invocar ou honrar os deuses nórdicos, como Odin (Óðinn, o soberano dos Æsir), Thor (Þórr, o protetor da humanidade), Freyja ou Tyr (Týr).
As runas podiam ser usadas para comunicar ou homenagear os ancestrais ou os heróis mortos, como os reis lendários (Ynglingar), os guerreiros caídos (Einherjar) ou as selecionadoras de mortos (Valkyrjur).
As runas podiam ser usadas para dialogar ou desafiar os inimigos ou os rivais mortos ou vivos.
Este texto foi parcialmente criado com Inteligência Artificial. Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!
Referências
CAMINHO NÓRDICO – Instagram
LANGER Johnni et al., NEVE: Núcleo de Estudos Vikings e Escandinavos | UFPB - Universidade Federal da Paraíba - Academia.edu
MARANTE, Allan. História Rúnica: a literatura, arqueologia e sabedoria das runas.1ª Ed. São Paulo. Clube de Autores
MORGAN, Rachel | 9 Revelations from Viking Runes | The Colector
NÚCLEO DE ESTUDOS VIKINGS E ESCANDINAVOS - Facebook
Caderno de Resumos X CEVE (Colóquio de Estudos Vikings e Escandinavos)
por LIVROS VIKINGS
Seja uma das primeiras pessoas a receber as novidades do Mundo Viking, assinando a nossa Newsletter ou adicionando-nos em seu WhatsApp...
Comments