Após ter “peregrinado” por toda a cidade, a pedra agora tem o seu lar permanente na George Square, próximo ao Departamento de Assuntos Escandinavos da Universidade de Edimburgo.
Em uma cidade conhecida por suas pedras rúnicas — Greyfriars Kirkyard inspirou Charles Dickens, JK Rowling e o economista Adam Smith, enterrado em Canongate —, uma a mais não deveria ser digna de nota, entretanto, quando se trata de uma relíquia viking anterior ao Castelo de Edimburgo, a curiosidade aumenta substancialmente.
Levada no Século XVIII, a pedra feita com 1,3 toneladas de granito tem mais de 1.000 anos. Uma das três pedras rúnicas suecas da Grã-Bretanha, foi doada à Sociedade de Antiquários da Escócia em 1787 por Sir Alexander Seton de Preston, cujo tio era o banqueiro do rei sueco.
A parte frontal da pedra é gravada com entalhes — uma mensagem escrita em young futhark que forma uma serpente em torno da cruz esculpida no centro. Acredita-se que tenha sido obra de um famoso mestre rúnico vikings chamado Erik, devido às suas semelhanças com as outras pedras da Suécia que a ele foram atribuídas.
O sistema rúnico é anterior ao alfabeto romano que usamos agora, e a mensagem diz “Ari ergueu a pedra em memória de Hjalmr, seu pai. Que Deus ajude o seu espírito”.
Atualmente em exibição na George Square, a pedra esteve por toda Edimburgo como uma turista durante o Fringe. Inicialmente ela foi instalada em Canongate, antes de ser transferida aos Jardins da Princes Street, abaixo da Esplanada do Castelo, em 1812.
Por causa da localização —em uma colina íngreme, atrás de uma cerca — a pedra foi em grande parte esquecida e mesmo os visitantes regulares dos jardins não sabiam que ela estava por lá. Com o objetivo de preservar a pedra às gerações futuras e torná-la mais visível, a Universidade de Edimburgo foi escolhida como o local de descanso adequado, estando agora em seu departamento de Estudos Escandinavos na George Square, 50.
Antes da mudança em 2019, os arqueólogos escavaram cuidadosamente a pedra, escaneando e avaliando a possibilidade de danos, e apesar de sua idade e da falta de manutenção, ela estava em boas condições. Ligeiramente enegrecida pela poluição do ar e com sujeira dos pássaros que eram seus únicos visitantes, não havia nada que não pudesse ser limpo, neste sentido, o Ambiente Histórico da Escócia e a AOC Archaeology foram capazes de limpá-la.
A pedra é agora propriedade dos Museus Nacionais da Escócia e está oficialmente emprestada à universidade, onde fica longe das intempéries e à vista de várias câmeras de CFTV.
FONTE: Edinburgh Live
WELSH, Kaite. The surprising reason why an ancient Viking runestone sits outside Edinburgh University. Edinburgh Live. Edimburgo, 05 de ago. de 2021. Disponível em: <https://www.edinburghlive.co.uk/news/edinburgh-news/surprising-reason-ancient-viking-runestone-21237166.amp>. Acesso em: 06 de ago. de 2021. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)
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