Ontem, 21 de dezembro, tivemos o Solstício de Verão no hemisfério sul — solstício de inverno no hemisfério norte —, portanto, aqui é Midsommar. E a Vila Viking Brasil não podia ficar de fora desta tradicional celebração pagã.
Localizada em Juquitiba, interior de São Paulo, a Vila Viking Brasil realizou no último final de semana, 19 e 20 de dezembro, a celebração do Midsommar, que além de marcar o início do verão, simboliza a vida e o recomeço nas tradições pagãs. Os vikings celebravam o Solstício de Verão no final de junho, visto que predominantemente situavam-se acima da linha do equador.
Com a chegada do cristianismo no Norte da Europa, esta tradição foi incorporada pela igreja, que desde então celebra São João Batista — aqui no Brasil a conhecemos como Festa Junina, Quermesse ou mesmo Festa de São João.
Em 2020, além das festividades, a Vila Viking incluiu em sua programação de Midsommar, a construção de uma nova estrutura, a Casa dos Deuses, que durante a manhã do sábado teve a sua fundação finalizada, com a participação de todos os presentes. Somam-se a isto, os cuidados com as hortas, a elaboração das guirlandas e a respectiva instalação no mastro, exclusivamente erguido para elas. Depois o grupo se dirigiu a um riacho próximo, onde se banharam e refrescaram.
De volta à Vila, já no período da tarde, houve um banho de ervas para promover a limpeza espiritual e energética, sucedida por uma defumação que complementou o trabalho. Na sequência, os ritos conduzidos por Johann e Cintia Leite (Hidromel Yggdrasill) tiveram início, e uma introdução foi ministrada, expondo o que estava por vir, depois começaram as invocações, as quais foram acompanhadas de música.
A diante, Gabriel Guedes (Kindred Valkoinen Susia) contou a história da morte de Balðr e sua importância nas tradições vikings de Midsommar, subsequentemente, clamando pela intervenção da Deusa Eir — que ganhou um totem feito a mão em sua honra —, gravetos foram queimados para alcançar a cura — tanto do corpo físico, quanto do espiritual —, sempre acompanhados de música.
Posteriormente, houve a meditação guiada para que os participantes pudessem encontrar os seus Fylgjur — no paganismo nórdico, Fylgja é o espírito que acompanha o indivíduo em conexão com o seu destino, e que normalmente se manifesta na forma de um animal. Durante o processo, tambores, chocalhos e maracas eram tocados, criando o ritmo que conduzia os presentes à manifestação de seus Fylgjur (não confundir a manifestação/emanação do Fylgja com a incorporação), provavelmente, o momento mais intenso do ritual.
Terminada a jornada, houve a montagem do altar, a libação, a consagração dos alimentos e o banquete, que foi acompanhado de música, encerrando as atividades do sábado, que ainda contou com uma forte chuva durante a noite, aproximando o grupo, o qual celebrou com cerveja e hidromel no grande salão. No domingo, por volta das 7h, ocorreu o desjejum, depois as obras da Casa dos Deuses tiveram continuidade até a hora do almoço, seguido pelas confraternizações e pelo encerramento perto das 15h.
A pluralidade sempre foi uma marca positiva da Vila Viking Brasil e a proximidade com outras culturas e espiritualidades somam e enriquecem os rituais pagãos, entretanto, por se tratar de um local de temática “viking”, a base dos rituais está alicerçada no paganismo nórdico, o qual, doravante, será preponderante nas futuras celebrações.
Conheça mais sobre a Vila Viking Brasil, acessando www.vilaviking.com.br ou enviando um e-mail para vilaviking@vilaviking.com.br ou ainda, seguindo-a nas Redes Sociais.
por Paulo Marsal | Idealizador da Livros Vikings
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