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O que acontecia com os escravos dos vikings?

Conheça o papel dos thralls na ‘sociedade viking’ e como a escravidão moldou a vida durante a Era Viking

 

Livros Vikings | O que acontecia com os escravos dos vikings?
Na mitologia nórdica, o Deus Heimdall ao se deitar com mulheres de diferentes 'classes sociais', se tornou o ancestral dos escravos, fazendeiros e dos nobres, contudo a realidade dos thralls sempre foi brutal. — Crédito da Imagem: W.G. Collingwood/Domínio Público

Índice

 

Durante a Era Viking (Séculos VIII a XI), cerca de 25% da população da Noruega era composta por escravos, conhecidos como thralls — þrælar em nórdico antigo ou þræll no singular.

 

De acordo com Jón Viðar Sigurðsson, professor da Universidade de Oslo, muitos desses homens e mulheres foram capturados durante incursões vikings por toda a Europa. Além das capturas, os vikings compravam escravos em mercados europeus, seja para uso pessoal, seja para revenda em regiões árabes.


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Os thralls eram considerados propriedades e desempenhavam um papel essencial na economia agrícola e doméstica na sociedade da Era Viking.


Como se tornavam escravos?

Nem todos os thralls eram estrangeiros capturados em ataques. Alguns noruegueses também podiam se tornar escravos por dívidas, como explicou Sigurðsson:

 

Pessoas com problemas de dívida poderiam se tornar escravas até pagarem suas dívidas [...] A possibilidade de escapar da escravidão dava esperança e motivação.

 

Além disso, filhos nascidos de pais escravos geralmente herdavam essa condição. Muitas mulheres thralls eram abusadas por seus proprietários e tinham filhos que, em alguns casos, poderiam ser libertados pelos pais.

 

As sagas relatam situações de libertação, onde escravos podiam realizar trabalhos extras para acumular dinheiro e comprar sua liberdade. Embora fosse raro, a esperança de escapar da escravidão era um incentivo importante.

 

Livros Vikings | Uma representação no estilo gótico dos acontecimentos narrados na Rigsthula sobre o cotidiano dos Tralls. — Crédito da Imagem: DALL·E
Uma representação no estilo gótico dos acontecimentos narrados na Rigsthula sobre o cotidiano dos Tralls. — Crédito da Imagem: DALL·E

A vida difícil dos thralls

A vida dos thralls era marcada por trabalhos pesados e condições precárias. Eles realizavam as tarefas mais árduas e eram tratados como bens descartáveis.

 

A arqueóloga Marianne Hem Eriksen destaca que, em algumas fazendas, os thralls viviam em quartos simples nos celeiros, sendo tratados quase como animais. A "Rigsthula", poema em nórdico antigo, descreve a rotina dos thralls:

 

Corpos encurvados, roupas desgastadas, a pior comida e as tarefas mais pesadas.

 

Eles construíam cercas, cuidavam dos animais e fertilizavam os campos. Estudos de ossos encontrados em sepulturas escandinavas mostram que muitos thralls sofreram mortes violentas e maus-tratos. Sigurðsson reforça:

 

Os proprietários precisavam de retorno sobre seus investimentos. Um escravo recebia apenas comida, roupas e abrigo.

 

O fim da escravidão na Era Viking

Com o fim da Era Viking, por volta de 1050 d.C., a prática de importação de novos escravos começou a diminuir. Sem novos thralls chegando e com muitos sendo libertados ou morrendo, a escravidão desapareceu gradualmente.

 

Sigurðsson aponta que poucos thralls conseguiam retornar às suas terras de origem:

 

Voltar exigia recursos, e após 10 ou 15 anos, não havia garantia de uma vida melhor em sua terra natal.

 

No entanto, há registros de resgates pagos por famílias ricas, permitindo o retorno de alguns escravos sequestrados.



Thralls: parte da história norueguesa

Após o fim da escravidão, muitos thralls se tornaram arrendatários, trabalhando em terras alugadas de seus antigos proprietários. Apesar da liberdade, ex-escravos continuaram ocupando as camadas mais baixas da sociedade.

 

Com o tempo, os descendentes dos thralls se integraram à população norueguesa. Sigurðsson comenta que, no Século XIX, durante a luta de libertação contra a Suécia, o mito do viking orgulhoso eclipsou a narrativa da escravidão:

 

A escravidão não fazia parte dessa narrativa, mas os thralls são uma parte real e essencial da história.

 

Os vikings não eram apenas guerreiros e exploradores; eles formavam uma sociedade complexa onde a escravidão desempenhava um papel fundamental.

 

O legado dos thralls serve como um lembrete de que a história é composta por todas as camadas sociais, incluindo aqueles que viveram nas sombras, mas sustentaram a vida cotidiana da Era Viking.

 

Este artigo foi parcialmente criado por Inteligência Artificial (IA). Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!

 

Referência

KRISTIANSEN, Nina; NUSE, Ingrid. What happened to the Vikings' slaves?. Science Norway, Oslo, 16 de dez. de 2024. Disponível em: https://www.sciencenorway.no/history-viking-age/what-happened-to-the-vikings-slaves/2440850. Acesso em: 17 de dez. de 2024.

 

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1 commentaire

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Invité
há 4 horas
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Excelente artigo a respeito da escravidão naquela época. Mas a prática da escravatura existiu por séculos com vários povos, infelizmente. Nas três américas tivemos escravos, um absurdo. (eugenio.accs.ecj@gmail.com) Em 18.12.24 / 4a. feira.

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