A melhor coleção de tesouros vikings da Escócia será exposta no final deste mês, no que foi saudado como um “momento extremamente importante” para o Museu Nacional da Escócia.
Em 29 de maio, a tão esperada exposição, Galloway Hoard: Viking-age Treasure, será aberta no Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo, vários meses após a data da exibição original ter sido suspensa devido à pandemia.
Os tesouros foram descobertos por um detector de metais em Galloway em 2014 e representam a coleção mais rica de objetos, raros e únicos, da Era Viking já encontrada na Grã-Bretanha ou na Irlanda.
Enterrado por volta do 900 d.C., o Hoard reúne uma variedade impressionante de objetos e materiais, como broches de prata, amuletos de vidro, cristal de rocha e uma pequena caixa de madeira com três itens de ouro.
Muitos dos itens foram descobertos em um vaso decorado de prata dourada que ainda tinha sua tampa, o único de seu tipo.
Um programa de conservação, limpeza e remoção meticulosa de lama permitirá que o tesouro seja visto pela primeira vez em mais de 1.000 anos.
Um porta-voz dos Museus Nacionais da Escócia, disse que o Galloway Hoard foi uma das descobertas arqueológicas mais significativas dos últimos tempos, atraindo a atenção de todo o mundo.
Ele disse: “Consequentemente, esta exposição que oferece a primeira chance de ver este notável encontro de objetos, brilhando pela primeira vez, tal qual seriam quando foram enterrados há mais de mil anos, é um momento extremamente importante para o Galloway, tanto ao projeto Hoard, quanto aos Museus Nacionais da Escócia”.
Sabe-se agora que o tesouro foi enterrado em quatro seções distintas, com a camada superior contendo um pacote de barras de prata e uma rara cruz anglo-saxônica.
Embaixo, estava outro pacote de barras de prata — duas vezes maior que o primeiro — que estava embrulhado em couro.
Na terceira camada, um agrupamento de quatro braceletes de "fita" de prata, elaboradamente decorados. Ao separar as peças de joalheria, foi descoberta uma caixinha de madeira contendo três peças de ouro.
A quarta seção continha um recipiente de prata dourada com a tampa, ambos envoltos em camadas de tecido e cheios de objetos cuidadosamente embrulhados — de contas a pingentes, e uma jarra de cristal — que parecem ter sido selecionados como relíquias ou heranças.
Um programa de pesquisa de £1 milhão (R$ 7,44 milhões) para a coleção será executado nos próximos três anos em colaboração com o Conselho de Pesquisa de Artes e Humanidades e a Universidade de Glasgow.
Espera-se que a pesquisa possa datar os itens e identificar os seus locais de origem — possivelmente Irlanda e império bizantino, contudo devem ir além.
Um dos principais objetivos será entender como e por que as pessoas reuniam e acumulavam tesouros durante a Era Viking e a que propósito serviam.
Alguns itens são muito frágeis para serem exibidos e serão expostos em 3D.
Após a exibição em Edimburgo, o tesouro será apresentado nas Galerias Kirkcudbright em 9 de outubro e na Aberdeen Art Gallery em 30 de julho de 2022.
A exposição é gratuita, mas os ingressos devem ser reservados com antecedência no site da NMS.
FONTE: The Scotsman
CAMPSIE, Alison. Galloway Hoard: A "hugely important moment" hailed as Viking treasures unlocked for nation. The Scotsman. Glasgow, 14 de mai. de 2021. Disponível em: <https://www.scotsman.com/heritage-and-retro/heritage/galloway-hoard-a-hugely-important-moment-hailed-as-viking-treasures-unlocked-for-nation-3236229>. Acesso em: 14 de mai. de 2021. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)
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