Aprenda sobre as pedras rúnicas mais impressionantes da Era Viking ou ainda mais antigas. Esta forma histórica de escrever pode ser vista em toda a Escandinávia até hoje.
A recente descoberta de vários túmulos de Navios Vikings na Noruega aumentou o interesse na história dos Vikings, levando-a para outro patamar. Embora não haja dúvidas quanto o quão fascinantes são esses navios, alguns artefatos vikings verdadeiramente notáveis estão à vista por toda a Escandinávia: as pedras rúnicas.
Pedras permanentes da Escandinávia
A tradição da região de esculpir inscrições em patamares de pedra como memorial começou no início do Século IV. Mas, a grande maioria das pedras rúnicas ainda de pé datam dos Séculos IX e X. Isso foi posteriormente a Era Viking, quando havia muitas histórias para contar!
Os estudiosos tentaram traduzir muitas das inscrições rúnicas, com graus variados de sucesso. Não havia um alfabeto rúnico definido. Longe disso. A linguagem mudava/evoluía muito mais do que hoje e variava substancialmente entre as comunidades.
Vamos dar uma olhada em alguns dos exemplares mais famosos de pedras rúnicas que ainda estão por toda a Escandinávia. Começamos com um dos mais famosos:
Rök, Suécia
A pedra rúnica de Rök, na Suécia, é uma das atrações mais populares da crescente trilha turística viking da Escandinávia. No entanto, a história de sua origem continua confusa.
Os visitantes que vêm a Rök pela primeira vez, geralmente ficam sem palavras. Ela está localizada em uma parte rural do centro-leste da Suécia. A imponente pedra esculpida de cinco toneladas tem uma aparência quase alienígena e é diferente de qualquer outro achado arqueológico do mundo.
Acredita-se que remonte ao início do Século IX. A pedra teria sido levantada e esculpida por um viking que lutava para lidar com a morte de seu filho. Ele canalizou suas emoções para esculpir este amplo texto, que consiste em mais de 700 runas espalhadas pelos cinco lados da pedra.
Ao mesmo tem que várias traduções são feitas, os especialistas lutam para interpretar os resultados. Um estudo recente afirma que parte da inscrição fala dos medos de um período de frio prolongado.
Uma equipe liderada por Per Holmberg, professor de língua sueca da Universidade de Gotemburgo, disse que uma série de erupções vulcânicas do Século VI mergulhou a Suécia em uma onda de frio prolongada, matando quase metade da população.
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O novo estudo afirma que o autor da pedra rúnica poderia ter sido assustado por uma série de eventos que ocorreram entre os anos 775 e 810 d.C. Durante esse período, uma tempestade solar, um verão muito frio e um eclipse solar quase total ocorreram, qualquer um dos quais poderia ter sido confundido com um indicador de outro período de frio extremo a caminho.
O inverno vulcânico anterior poderia ter causado receios generalizados sobre a chegada do Ragnarök. Na mitologia nórdica, esse é essencialmente o fim do mundo. Pesquisadores acreditam que é possível que a memória desses eventos tenha passado por gerações na região de Rök.
Jelling, Dinamarca
A área de Jelling da Dinamarca é sinônimo de história Viking. A igreja de pedra do Século XI da cidade foi construída sobre a de madeira por Harald Bluetooth nos anos 900.
Dois cemitérios gigantescos fornecem o pano de fundo para essas pedras rúnicas, consideradas alguns dos artefatos históricos mais famosos da Dinamarca, pois contêm as mais antigas referências escritas do país.
As pedras de Jelling fazem parte de um Patrimônio Mundial da UNESCO e, como tal, se tornaram um dos pontos turísticos mais populares da Dinamarca. A pedra maior foi levantada por Harald Bluetooth para homenagear seus pais e comemorar sua conquista da Dinamarca. A pedra menor e mais antiga é uma homenagem do Rei Gorm, o Velho, a sua esposa, Thyra.
Rakkestad, Noruega
Tal como acontece com os navios funerários vikings, as pedras rúnicas permandecem sendo descobertas até hoje na Escandinávia. Poucas foram encontrados na Noruega, mas em 2018 uma descoberta notável foi feita em Rakkestad. A apenas alguns quilômetros de distância do local onde foi encontrado o navio Gjellestad.
No entanto, ao contrário do barco funerário e de quase todas as outras pedras rúnicas da Escandinávia, verificou-se que essa era anterior cerca 400 anos à Era Viking,.
Tão antiga é a língua nórdica proto-nórdica que foram necessários pesquisadores da Universidade de Oslo para confirmar que eram de fato runas originais. No momento de sua descoberta, a runóloga Karoline Kjesrud, da Universidade de Oslo, disse que apenas uma parte da pedra pôde ser traduzida.
A primeira parte da inscrição dizia Lu irilaR raskaR runoR, traduzindo para "Esculpa runas “apropriadas” Mestre Rúnico (Carve runes skilled runemaster)". Foi a primeira vez na história que a palavra raskar (interrompe no islandês) apareceu — uma palavra agora perdida no idioma norueguês. A pedra rúnica tornar-se-ia assim uma fonte valiosa da história da linguagem. Atualmente, não sabemos o que há no lado inferior da pedra, além do fato de existirem runas”.
Södermanland, Suécia
Enquanto a Dinamarca e a Noruega têm apenas algumas pedras rúnicas, a Suécia tem vária. A oeste da capital sueca, Estocolmo, somente a região de Södermanland abriga 450 inscrições rúnicas registradas.
Talvez a mais famosa seja a pedra rúnica Stenkvista perto da igreja Stenkvita. É uma das várias runas que fazem referência a Thor, mas esta tem uma representação do Mjölnir, o martelo de Thor.
Outra pedra famosa em Skåang é notável por dois conjuntos de inscrições. O primeiro é escrito com o alfabeto rúnico mais antigo conhecido e acredita-se que date do Século VI. Uma segunda inscrição foi adicionada durante a Era Viking.
Em outra parte da região, uma pedra rúnica com histórias de uma guerra extensiva em toda a Europa Ocidental tem aproximadamente três metros de altura e fica no grande cemitério de Kungshållet em Kjula.
Estilo Ringerike
O estilo incomum dw inscrição Ringer, também conhecido como Pr1, ocorre quando as faixas rúnicas terminam em cabeças de serpentes ou bestas.
Ele provém do estilo Mammen encontrado durante o final da Era Viking e foi nomeado após a descoberta de uma série de pedras ricamente esculpidas no distrito norueguês de Ringerike. O modelo tem animais mais finos, olhos amendoados em vez de redondos mais finos e compridos, quando comparados ao estilo Mammen.
Um exemplo é essa pedra rúnica nos terrenos da Catedral de Strängnäs, também em Södermanland. É uma das sete pedras encontradas na igreja, das quais cinco são muradas e duas foram colocadas do lado de fora. Outro bom exemplo é a laje encontrada no cemitério da Catedral de São Paulo, em Londres.
FONTE: Life in Norway
NIKEL, David. Scandinavian Runestones: Viking History in Plain Sight. Life in Norway. Oslo, 15 de mai. de 2020. Disponível em: <https://www.lifeinnorway.net/scandinavian-runestones/>. Acesso em: 15 de mai. de 2020. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)
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