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Réplica de um relicário eclesiástico com arte viking é adquirido pelo Museu Nacional da Irlanda

O Museu Nacional da Irlanda (National Museum of Ireland/NMI) confirmou a compra de uma réplica do século XIX do Santuário de St. Manchan, considerado uma das peças de arte eclesiástica mais valiosas da Irlanda.


Réplica de um relicário eclesiástico com arte viking é adquirido pelo Museu Nacional da Irlanda
Uma imagem da réplica do Santuário de St Manchan, que foi adquirido recentemente pelo Museu Nacional da Irlanda. O original está em exibição na Igreja Boher, perto de Ballycumber.
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A réplica de tamanho real feita de madeira, gesso de Paris, douramento, dentre outros materiais, foi encomendada pelo Sir William Wilde por volta de 1850 e por ele foi apresentada ao 3º Conde de Dunraven, quem a exibiu em sua casa em Adare Manor por mais de um século, até ser vendida junto com o imóvel em 1982.


Ela foi leiloada em Dublin no início do mês passado como parte de uma grande venda da Fonsie Mealy Auctioneers, com preço de referência entre € 20.000 (R$ 112.126) e € 30.000 (R$ 168.000). Contudo, foi vendido por um valor não divulgado.


Considerado uma obra-prima da arte medieval e um tesouro nacional, o Santuário de St. Manchan é o maior relicário sobrevivente da Irlanda — um recipiente para relíquias sagradas. O santuário original ainda é preservado na igreja paroquial de Boher, perto de Ballycumber, não muito longe de sua casa original em Lemanaghan, onde, no Século VII, St. Manchan fundou o seu mosteiro.


O Museu Nacional da Irlanda confirmou a compra da réplica:


O Museu Nacional possui em seu acervo diversas réplicas de importantes objetos arqueológicos e as considera historicamente importantes para o colecionismo e antiquário.

A réplica deste santuário em particular é importante porque o original não está nas coleções do NMI.

Reconhecida como inestimável, a réplica transmite a "magnificência" do relicário original.


Depois que a réplica do santuário for avaliada pelos conservadores do NMI, será tomada uma decisão sobre onde e quando ela será exibida. Outra réplica do santuário está atualmente em exibição na exposição “Viking Ireland (Irlanda Viking)” do NMI em Dublin.


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O santuário de St. Manchan é uma peça única porque combina a metalurgia monástica irlandesa com os estilos de arte irlandês, viking tardio e cristão românico, sendo essa mistura os diferenciais em termos de história, arqueologia e metalurgia. Internacionalmente conhecido, o santuário tem sido o foco de estudos acadêmicos detalhados ao longo de muitos anos, além de aparecer em várias publicações internacionais sobre a arte viking. Em 1979, foi levado a Clonmacnoise para a visita do Papa João Paulo II e, no ano seguinte, foi exibido como parte de uma grande exposição internacional sobre os vikings no Museu Britânico.


No “Journal of the Kilkenny Archaeological Society” de 1874, o reverendo James Graves fez um relato detalhado do Santuário de St. Manchan. Datado de cerca de 1130 d.C., é o maior relicário medieval sobrevivente da Irlanda e, com sua combinação de decoração hiberno românica e viking tardia, pode ser comparado à Cruz de Cong. É provável que ambos tenham sido encomendados por Turlough O'Connor, o grande Rei da Irlanda, e feitos no mosteiro de Clonmacnoise em Offaly. Nos Anais dos Quatro Mestres, há uma menção do ano de 1166 que versa sobre o santuário de St. Manchan.


No início do Século XIX, quando foi descrito cientificamente pela primeira vez por George Petrie, o relicário havia sofrido com os estragos do tempo, enquanto estava sob os cuidados da família Mooney de Offaly.


Quando exibido pela primeira vez em 1853 na Grande Exposição de Dublin, o santuário Offaly foi uma sensação, atraindo “enorme interesse”. Como consequência, várias das réplicas de tamanho real são desta época.


Na idade média, nos dias 24 de janeiro, o relicário era levado em procissão, sustentado por varas presas em argolas. Restaurado e conservado, o Santuário de St. Manchan agora é exibido na igreja de Boher.


Em 2012, o inestimável artefato do Século XII, contendo os ossos do santo foi roubado, porém dias depois foi recuperado pelos gardaís. Mais tarde, voltou à exibição pública na igreja, que teve a segurança reforçada.


FONTE: Offaly Independent

VERNEY, Deirdr. National Museum confirms purchase of replica of treasured Offaly artefact. Offaly Independent. Offaly, 24 de jan. de 2023. Disponível em: <https://www.offalyindependent.ie/2023/01/24/national-museum-confirms-purchase-of-replica-of-treasured-offaly-artefact/>. Acesso em: 24 de jan. de 2023. (Livremente traduzido e adaptado pela Livros Vikings)


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