O tesouro viking de Galloway revela segredos do Século IX, incluindo uma inscrição rúnica que sugere riqueza comunitária

O Tesouro de Galloway, um dos mais relevantes achados arqueológicos do Reino Unido, continua a revelar segredos sobre a Era Viking na Escócia.
Uma inscrição rúnica, recentemente traduzida em uma pulseira de prata, pode trazer novas perspectivas sobre a organização social e econômica dessa região no Século IX.
Faça como a professora Luciana do NEVE e publique seu livro pela Livros Vikings Editora.
Este artefato integra um tesouro enterrado em um período de intensa turbulência histórica, quando os vikings consolidavam a presença no território escocês.
Índice:
O Tesouro de Galloway
Descoberto em 2014 por amadores utilizando detectores de metais em um campo próximo a uma igreja em Balmaghie, Kirkcudbrightshire, o Tesouro de Galloway constitui um dos maiores e mais bem preservados conjuntos de artefatos da Era Viking na Escócia.
O achado inclui mais de 5 kg de prata e ouro, além de materiais raros, como seda e contas pintadas.
Arqueólogos do National Museums Scotland determinaram que o tesouro foi enterrado por volta do ano 900 d.C., período marcado pela transição da região do controle do Reino da Nortúmbria para o domínio viking.
As escavações revelaram que os objetos foram meticulosamente organizados em vários pacotes, dispostos dentro dos vestígios de uma estrutura de madeira, cujas marcas foram identificadas no solo.
O significado do local permanece um ponto de debate: trata-se de uma residência, um espaço religioso ou uma estrutura de armazenamento?

A Inscrição Rúnica
Entre os itens descobertos, uma pulseira de prata com uma inscrição rúnica intriga especialistas há anos.
Enquanto outras pulseiras apresentavam nomes abreviados — possivelmente anglo-saxões, como "Ed" (que poderia aludir a Edward ou Edgar) —, esta, em particular, exibia uma inscrição mais longa, cuja tradução foi um desafio.
Recentemente, um grupo de pesquisadores conseguiu decifrar o texto, que afirma:
Esta é a riqueza da comunidade.
Isso sugere que, em vez de ser um tesouro pessoal escondido por um indivíduo, o conjunto de objetos poderia ter pertencido a uma comunidade inteira, possivelmente um grupo local ou uma instituição religiosa.
Um Tesouro Viking?
Apesar da associação com os vikings, quase nenhum dos itens encontrados no tesouro é explicitamente viking.
Diversos artefatos de metal possuem estilo anglo-saxão, enquanto a seda apresenta origem na Ásia Ocidental. Tal composição indica que o tesouro pode ter integrado uma ampla rede comercial estabelecida durante a Era Viking.
Especialistas ainda debatem se o tesouro foi enterrado por vikings que saquearam esses objetos ou por habitantes locais que os adquiriram por meio do comércio.
A forma organizada do enterro — com pacotes cuidadosamente dispostos dentro da estrutura de madeira — sugere que os itens não foram escondidos às pressas em meio a um conflito, mas depositados com um propósito específico.
A recente tradução das runas do Tesouro de Galloway acrescenta uma nova camada de entendimento sobre a sociedade da época e sua relação com a riqueza e o poder.
Se a inscrição de fato indica que o tesouro pertencia a uma comunidade, essa interpretação pode alterar a visão tradicional de que tais achados representam apenas fortunas pessoais escondidas.
Em um período de intensas transformações culturais e políticas, o Tesouro de Galloway permanece como uma janela inestimável para o universo dos vikings e seus contemporâneos.
Este artigo foi parcialmente criado por Inteligência Artificial (IA). Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!
Referência
RAPP, Joshua. Mystery Solved for the Galloway Hoard Runes of the Viking Era. Discover. Wilmington, 15 de mar. de 2025. Disponível em: <https://www.discovermagazine.com/the-sciences/mystery-solved-for-the-galloway-hoard-runes-of-the-viking-era>. Acesso em: 17 de mar. de 2025.
Seja uma das primeiras pessoas a receber as novidades do Mundo Viking, assinando a nossa Newsletter ou adicionando-nos em seu WhatsApp...
Excelente notícia, agora os pesquisadores tem mais material para estudos. São muitas as hipóteses dos motivos que levaram os Vikings a fazerem uma "sepultura" de tantos objetos tão bem organizados. Na minha opinião, nunca saberemos a verdade, só teremos suposições. Assim são os estudos a respeito do passado, na sua maioria. Vejo os livros de histórias do Brasil nas partes referentes aos anos que vivi: tudo depende de quem escreve, se é alguém da situação ou da oposição. (eugenio.accs.ecj@gmail.com) Em 18 março 2025 / 3a. feira