Uma nova descoberta de moedas vikings de prata na Ilha de Man revela a importância da região para o comércio e a economia nórdica
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A Ilha de Man, situada no Mar da Irlanda, continua a surpreender arqueólogos e historiadores com descobertas que reforçam sua relevância na Era Viking.
Recentemente, um conjunto de 36 moedas de prata, datadas entre 1000 e 1065 d.C., foi encontrado na ilha.
Estes achados são frequentemente descritos como “contas bancárias” da Idade Média, evidenciando a função da ilha como um importante centro financeiro e comercial dos nórdicos.
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Esse novo conjunto de moedas reforça a posição da Ilha de Man como um dos locais mais ricos em achados vikings por quilômetro quadrado.
A nova descoberta e sua importância histórica
Descobertas em 2023 pelos detectoristas John Crowe e David O’Hare, as 36 moedas pertencem principalmente ao reinado de Eduardo, o Confessor, com algumas cunhadas em nome de Æthelred II e Cnut.
Variando entre 17 e 20,5 milímetros, as moedas apresentam marcas de corte, indicando que foram verificadas por comerciantes para garantir sua qualidade.
Para Alison Fox, curadora de arqueologia do Patrimônio Nacional da Ilha de Man, essa descoberta representa um “depósito de economia”, em que moedas eram adicionadas e retiradas, funcionando como uma espécie de “conta bancária”.
As moedas evidenciam uma prática comum entre mercadores e moradores da ilha, reforçando sua importância como centro de trocas comerciais e financeiras durante a Era Viking.
A Ilha de Man como Centro Financeiro Viking
A localização estratégica da Ilha de Man fez dela um ponto essencial nas rotas nórdicas de navegação entre a Escandinávia e a Irlanda.
Os vikings chegaram à ilha em 798 e estabeleceram o Tynwald, uma assembleia aberta (Þingvǫllr) que é, até hoje, o parlamento em funcionamento mais antigo do mundo.
Durante o período viking, a Ilha de Man tornou-se um entreposto financeiro, atraindo mercadores de toda a Europa.
Além das moedas, diversos itens de hack silver — pedaços de prata usados como uma forma de “moeda sem fronteiras” — foram encontrados na região.
Esse tipo de economia funcionava como uma espécie de “criptomoeda” medieval, conforme descrito pela arqueóloga Kristin Bornholdt Collins, que estudou diversos tesouros na ilha.
Esses fragmentos de prata eram altamente valorizados e permitiam trocas rápidas, sem necessidade de cunhagem formal.
Outras descobertas notáveis na Ilha de Man
A Ilha de Man produziu diversas descobertas significativas ao longo dos séculos, que refletem a presença e a atividade econômica dos vikings. Entre os principais tesouros estão:
Tesouro de Ballacamaish (1870): inclui um bracelete de prata, dois anéis de pescoço e um anel de dedo, datados do Século X;
Tesouro de Ballaquayle (1894): composto por 78 moedas anglo-saxônicas de prata, um anel de braço dourado, 13 braceletes de prata, um anel de dedo e dois broches;
Tesouro de Glenfaba (2003): contém 464 moedas, 25 lingotes e um bracelete quebrado, datados do início do Século XI;
Tesouro de Garff (2016): inclui 14 anéis de braço de prata do Século X;
Tesouros de 2021: contêm uma variedade de joias, moedas anglo-saxônicas e um hack silver do Século XI.
Esses achados não apenas demonstram a riqueza da região, mas também fornecem uma visão ampla das trocas e interações culturais que ocorreram na Idade Média entre os nórdicos e outras culturas.
O impacto do Hack Silver no comércio viking
O hack silver, ou prata fragmentada, encontrado em grande quantidade na Ilha de Man, reflete um sistema econômico inovador para a época.
Essa prática de utilizar prata em fragmentos para transações oferecia flexibilidade para trocas rápidas, sem necessidade de cunhagem formal. Kristin Bornholdt Collins compara esse tipo de economia à ideia moderna de criptomoeda, destacando sua popularidade em locais de comércio dinâmico como a Ilha de Man.
No contexto das trocas vikings, o hack silver e as moedas eram mais do que simples bens materiais; representavam uma integração cultural e econômica que abrangia desde a Europa até o mundo islâmico.
Esses achados reforçam a importância da Ilha de Man como um ponto de encontro cosmopolita e um verdadeiro centro financeiro da Idade Média.
Este artigo foi parcialmente criado por Inteligência Artificial (IA). Para mais notícias sobre achados arqueológicos e história, continue acompanhando a Livros Vikings. Somos um site dedicado a trazer informações históricas e curiosidades sobre a Era Viking. Se você gostou deste artigo, compartilhe-o em suas redes sociais!
Referência
GIEDROYC, Richard. Viking Hoards Abound on the Isle of Man. Numismatic News. Boone, 11 de nov. de 2024. Disponível em: <https://www.numismaticnews.net/world-coins/viking-hoards-abound-on-the-isle-of-man>. Acesso em: 14 de nov. de 2024.
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Com tantas moedas descobertas na Ilha de Man, também penso que lá foi um grande centro financeiro. Será que vão descobrir por quantos anos? Parabéns aos estudiosos. (eugenio.accs.ecj@gmail.com) Em 14.11.24 / 5a. feira