Dois moradores da Zelândia, a maior ilha da Dinamarca, decidiram passear pelo campo à noite na remota cidade ocidental de Svebolle.
A decisão fortuita de levar o detector de metais, os permitiu uma grande descoberta.
Os dois arqueólogos amadores, Ernst Christiansen e Lis Therkelsen, começaram a cavar depois que o dispositivo alertou para algo embaixo da terra.
A cerca de 30 cm de profundidade, eles avistaram o que parecia ser a ponta de uma lança. Christiansen e Therkelsen contataram o Museum Vestsjælland — um grupo de 11 museus locais que cobre as escavações arqueológicas e a conservação dos sítios da região — que identificou a descoberta como uma espada de 3.000 anos da idade do bronze nórdica.
Foi também uma prova do artesanato inerente ao povo escandinavo daquela época.
“A espada está tão bem preservada que você pode ver claramente os detalhes. São nítidos”, escreveu o museu em um comunicado à imprensa.
O inspetor do museu, Arne Hedegaard Andersen, que se juntou a Christiansen e Therkelsen no dia seguinte à descoberta, reafirmou o quão incrivelmente mantida estava a espada.
A Idade do Bronze Nórdica durou de 1700-500 a.C, e foi imprensada entre a Idade da Pedra Nórdica e a Idade do Ferro pré-romana. Durante esse período, o bronze importado da Europa Central substituiu os materiais anteriormente populares, como pedras e rochas.
A impressionante espada de bronze, que antecede os vikings por cerca de 1.000 anos, permaneceu intocada desde a Idade do Bronze. Com aproximadamente 32 polegadas (81,28 cm) de comprimento, ainda está bastante afiada. O museu acredita que data da fase IV da Idade do Bronze, ou entre 1100 e 900 a.C.
Embora o couro que compunha a empunhadura da espada estivesse apodrecido há muito tempo, o pomo e o punho exibem intrincados trabalhos de bronze, claramente decorados por trabalhadores qualificados.
Os detalhes sugerem que era um equipamento caro, provavelmente usado para indicar status, e não para uma batalha real. Além disso, durante esse período, os guerreiros tendiam a usar tacos, lanças ou machados para fins de combate.
Embora o povo escandinavo tenha ingressado na Idade do Bronze através do comércio relativamente tarde em comparação com outras nações europeias, a mão-de-obra local era de alto padrão. Portanto, embora as características de religião, etnia e idioma das pessoas durante esse período sejam amplamente desconhecidas, elas deixaram um rico legado arqueológico.
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Uma das principais maneiras de conhecermos a vida na Escandinávia durante a Idade do Bronze, é através de esculturas em rocha chamadas petroglifos, as quais retratam a vida cotidiana, os grandes eventos e as crenças sobrenaturais da época.
Houve várias descobertas arqueológicas emocionantes na Dinamarca nos últimos anos.
Em junho de 2016, uma equipe de três arqueólogos que se autodenominam Team Rainbow Power descobriu a maior quantia de ouro viking de todos os tempos.
Em outubro de 2016, a descoberta de um mapa de pedra com 5.000 anos de idade lançou luz sobre a agricultura e a topografia antigas. E em 2015, um tesouro de 2.000 espirais de ouro com aparência misteriosa, também da Idade do Bronze, foi descoberto na Zelândia.
FONTE: Archaeology World
WELL-PRESERVED 3,000-year-old pre-viking sword unearthed in Denmark is still sharp. Archaeology World. Londres, 14 de mar. de 2020. Disponível em: <https://archaeology-world.com/well-preserved-3000-year-old-pre-viking-sword-unearthed-in-denmark-is-still-sharp/>. Acesso em: 16 de mar. de 2020. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)
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