Em quais deuses os vikings acreditavam? Como chegavam ao Valhalla? E as escoteiras (shield maidens – donzelas de escudo) vikings realmente existiam? Aqui estão seis coisas que você (provavelmente) não sabia sobre os vikings ...
Eles vinham, invadiam e saqueavam e depois saíam — apenas para voltar na maré seguinte e fazer tudo de novo.
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Os vikings da Escandinávia que assolaram a Inglaterra (e depois a governaram) entre o final do século VIII e o século XI foram famosos como guerreiros brutais e barbudos, mas eles viviam como um povo?
Índice
Aqui estão seis coisas que você talvez não saiba sobre os nórdicos…
1) Quem eram os vikings?
Quando os estudiosos escrevem sobre os vikings, eles geralmente se referem aos grupos de pessoas das terras escandinavas, ou seja, da Noruega, Suécia e Dinamarca.
Enquanto grande parte da Europa era cristã no século VIII, essas áreas não eram. No entanto, nem todos foram 'viking', muitos continuaram a cultivar a terra ou podiam retornar à agricultura após alguns anos de invasão, enquanto outros, como anglo-saxões e francos, podiam ser 'viking'.
Não se tratava de pertencer a uma "raça" ou mesmo a uma religião. Ser um viking era seguir uma atividade.
Isso se tornou possível por causa do desenvolvimento da tecnologia de navios e foi incentivada pela crescente força dos chefes escandinavos.
Qual a melhor maneira de melhorar uma reputação do que levar seguidores em incursões para adquirir mais riquezas?
Essa redistribuição bastante desonesta da riqueza estimulou uma rede de intercâmbio internacional, o que significava um meio de vida, o qual poderia ser ganho, misturando comércio e invasão. Os vikings podiam ser invasores um dia e no dia seguinte vendedores de seus ganhos ilícitos.
2) Em que religião os vikings acreditavam?
As crenças pagãs dos Vikings, cujas origens parecem estar em um período muito anterior à Era Viking, incluem um panteão de deuses, de Odin, o Pai de Todos, até o deus do trovão Thor, e Freyja, uma poderosa divindade feminina, cujo casaco de penas de falcão lhe dava a capacidade de voar.
Foram contadas histórias sobre os deuses que habitavam a fortaleza de Ásgard, cujo mundo estava ligado ao reino terrestre pela ponte do arco-íris (Bifröst).
Os deuses lutavam contra os gigantes, enganavam e roubavam, apaixonavam-se e desapareciam. Na Mitologia Nórdica, o mundo terminaria em uma batalha final e pré-ordenada no 'Crepúsculo dos Deuses' — o Ragnarök.
Os vikings conseguiram adaptar alguns desses mitos às visões cristãs do Dia do Juízo Final, e a arte viking, particularmente no século X, refletia a mistura de cristianismo com crenças pagãs.
No entanto, devemos ter em mente que muito do que está escrito sobre as crenças vikings pagãs vem no Século XIII, pela pena de Snorri Sturluson, um islandês cristão que estava interessado em entender as crenças de seus ancestrais pagãos, de uma maneira que minimizasse muitas variações locais das crenças e práticas religiosas.
Ele diz pouco sobre as influências do povo sami (escandinavos indígenas) e as práticas xamânicas, que os especialistas só começaram a apreciar nos últimos 30 anos, e as suas semelhanças com a cosmologia viking, as quais podem ser o resultado do contato com o cristianismo ou mesmo das adaptações das histórias do próprio Snorri.
3) O que era Valhalla e como os Vikings chegavam lá?
Para um viking, quais seriam as duas coisas mais desejadas na vida após a morte no Valhalla, o salão dos guerreiros mortos? Festa e luta, é claro.
Se escolhido pelas míticas Valquírias ao morrer, um guerreiro nórdico seria recebido pelo deus Odin em Valhalla, um salão magnífico com um telhado coberto de escudos de ouro, lanças para vigas e tão grandes que 540 portas cobriam suas paredes.
Os mortos homenageados, conhecidos como os Einherjar, passavam o dia todo aprimorando suas habilidades de batalha, uns contra os outros, em preparação para Ragnarök — o fim do mundo —, e todas as noites suas feridas seriam curadas magicamente e festejariam como só os vikings poderiam.
Seus chifres (driking horn) nunca se esvaziaram graças a Heidrun, uma cabra do telhado de Valhalla que comia de uma árvore especial e produzia o melhor hidromel, e sempre havia carne suficiente, provinda do javali chamado Sæhrímnir, que voltava à vida após cada abate, para que pudesse ser cozido repetidamente (coitado).
Para se juntar aos Einherjar, um Viking tinha que morrer em batalha, e mesmo assim, eles tinham apenas 50% de chance.
A metade não escolhida para ir ao Valhalla, ia para o campo da deusa Freya, para que eles pudessem ser oferecidos às mulheres que morreram para serem as suas companhias.
Quanto aos idosos ou doentes, eles iam para um submundo chamado Hel. Não era tão ruim quanto o nome sugere, embora houvesse um lugar especial de miséria reservado para os assassinos, adúlteros e quebradores de juramentos, onde um dragão gigante mastigava repetidamente os seus cadáveres.
4) As escoteiras (shield maidens – donzelas de escudo) vikings existiam?
Desculpas aos fãs da série de sucesso Vikings, mas os historiadores simplesmente não concordam integralmente quanto a existência de mulheres nórdicas guerreiras, como Lagertha.
Embora existam histórias de donzelas de escudo, ou skjaldmaer, em relatos históricos, quase todos podem ser descartados como confiáveis, sendo apócrifos, alegóricos ou mais mitos do que reais.
Ainda assim, pistas tentadoras e descobertas misteriosas — incluindo artefatos mostrando mulheres carregando espadas, lanças e escudos, aumentam a ideia de que as mulheres vikings entravam realmente em batalha ao lado dos homens.
No século XII, o historiador dinamarquês Saxo Grammaticus escreveu sobre mulheres na Dinamarca que procuravam "tão zelosamente serem habilidosas em guerra que se podia pensar que eram sexistas".
Neste ínterim, em 2017, os arqueólogos descobriram que um túmulo de guerreiro do Século X, cheio de armas, na verdade pertencia a uma mulher.
5) Quem foi Ivar, o Desossado?
O maravilhosamente chamado 'Ivar the Boneless', filho do ainda mais incrível 'Ragnar Hairy Breeches' (também conhecido como o lendário herói viking Ragnar Lothbrok), foi um dos líderes do Grande Exército Pagão dos Dinamarqueses que invadiu a Inglaterra em 865 d.C.
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Ivar e seu irmão Ubba são atribuídos à derrota dos nortumbrianos e à captura de York, que mais tarde se tornou o principal centro viking, renomeado para Jórvik.
Ele também é conhecido pela execução sangrenta dos prisioneiros reais, principalmente o rei anglo-oriental (e mais tarde santo) Edmund, que foi espancado, amarrado a uma árvore, alvejado com flechas e depois decapitado, e Ælle da Nortúmbria, que teve sua caixa torácica e pulmões arrancados, um tipo de matança conhecido como 'Águia de Sangue'.
Não se sabe como Ivar recebeu o apelido de “o Desossado ou o Sem Ossos”, embora alguns tenham sugerido que isso se deu por conta de sua flexibilidade não natural durante os combates ou porque sofria de um distúrbio muscular degenerativo, resultando, eventualmente, em que fosse carregado aos lugares.
A menos que seu corpo seja recuperado, o que seria difícil, não saberemos se ele realmente fosse 'sem osso', ou quaisquer das alternativas.
6) Quando a Era Viking terminou?
Dizem tradicionalmente que a era de invasão e pilhagem dos vikings, que começou na Grã-Bretanha com o saque de Lindisfarne em 793 d.C., terminou com o fracasso da invasão de Harald Hardrada em 1066.
No entanto, a influência viking se espalhou do Oriente Médio para a América do Norte e não pôde ser desfeita por uma única derrota em batalha.
Ao mesmo tempo em que Hardrada estava se recuperando da lesão no pescoço em Stamford Bridge, um conquistador normando se lançava. Seu líder, e futuro rei da Inglaterra, era William, o tataraneto de Rollo, um viking.
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FONTE: History Extra
WHO was Ivar the Boneless? Plus 6 more Vikings facts you should know. History Extra, Londres, 03 de dez. de 2019. Disponível em: <https://www.historyextra.com/period/viking/who-was-ivar-boneless-vikings-shield-maidens-what-valhalla-facts/>. Acesso em 04 de dez. de 2019. (Livremente traduzido pela Livros Vikings)
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